Tive um burnout: E agora?

Eu tive um burnout en 2021. E agora? Achei que nunca mais conseguiria trabalhar. Então, caso você esteja passando por esse momento, ou acha que pode estar a beira de um colapso, eu vou compartilhar a minha experiência e te ajudar a identificar os sinais de alerta.

Sou Ana, uma mulher de 37 anos, mãe de dois filhos, que recentemente passou por um processo de divórcio desafiador após um relacionamento abusivo. Em 2021, me deparei com algo que nunca imaginei enfrentar: o burnout. Compartilho minha história não apenas como uma narrativa pessoal, mas como um guia para outras mulheres que podem estar passando por situações semelhantes.

O Início da Jornada

Meu casamento, que parecia sólido no início, transformou-se em uma experiência angustiante. O abuso emocional minou minha autoestima, deixando-me em um estado constante de tensão. Com a decisão de me divorciar, pensei que a dor diminuiria, mas foi então que o burnout se manifestou.

O que é burnout?

O termo “burnout” foi cunhado pelo psicólogo Herbert Freudenberger em 1974 e se refere a uma condição de exaustão emocional, despersonalização e diminuição do desempenho profissional. Geralmente, associado a ambientes de trabalho exigentes, o burnout afeta a saúde física e mental dos indivíduos. Entretanto não é só isso: relacionamentos dificeis, problemas no trabalho, sobrecarga, tudo isso afeta principalmente a saúde das mulheres.

O burnout, percebi, é mais do que apenas exaustão física. É um esgotamento profundo que afeta mente, corpo e espírito. Sentia-me como uma vela queimando em ambas as extremidades, sem energia para enfrentar o dia a dia. Mas fique atenta aos sinais de risco.

Fique atenta: sinais de risco!

Muitas vezes, os sinais de risco que vou descrever abaixo, são sinais de cansaço e da correria do dia a dia. A diferença de quem está a beira de um burnout é que os sinais são repetidos e contínuos, levando a um cansaço extremo.

Então eu listo aqui alguns dos sinais que eu mesma tive e te ajudarão a evitar a chegar nesse ponto ou a identificar se você já está lá:

  1. Exaustão Constante: Sentia-me cansada o tempo todo, mesmo após uma noite de sono aparentemente tranquila.
  2. Isolamento Emocional: Distanciei-me de amigos e familiares, incapaz de compartilhar minha dor.
  3. Perda de Interesse nas Atividades: Coisas que antes me traziam alegria perderam completamente seu apelo.
  4. Dificuldades de Concentração: Tarefas simples pareciam esmagadoras, minha mente não conseguia se concentrar.
  5. Problemas de Saúde Física: Dores de cabeça frequentes, desconfortos estomacais e tensões musculares tornaram-se parte do meu cotidiano.
  6. Diminuição do Desempenho Profissional: Redução da eficácia no trabalho, com tarefas antes simples tornando-se desafiadoras.
  7. Distúrbios do Sono e Saúde Física: Insônia, dores de cabeça, problemas gastrointestinais e outros sintomas físicos relacionados ao estresse.

Como Identificar e Agir

É claro que não estou dizendo que é facil. Estou dizendo que esse caminho de busca de apoio é uma açao de autoamor. Por isso que uma Autoavaliação Corajosa é muito importante. No meu caso, estar bem, não era para mim. Em um primeiro momento foi me dar conta que eu precisava estar bem pelos meus filhos. Reconhecer que algo estava errado foi o primeiro passo. Admitir minha vulnerabilidade foi um ato de coragem.

Outro ponto importante foi Procurar Apoio Profissional. Consultar um terapeuta foi fundamental. Conversar com alguém imparcial me ajudou a compreender melhor minhas emoções. Eu sei que muitas mulheres tem dificuldades de encontrar um espaço de acolhida sem julgamentos. Mas, buscar referências e especialistas é sempre um bom início. Tem uma plataforma que eu usei que tem profissionais do Brasil todo, e você pode consultar online. Os preços são variados, o que possibilita um acesso para todas que precisarem. A plataforma que eu uso é a ZENKLUB.

Além disso, também tive que aprender a dizer não. Isso foi libertador! Pois Estabelecer Limites claros foi essencial para preservar minha energia. E acima de tudo, priorizar o autocuidado não é egoísmo, é uma necessidade. Encontrei consolo em atividades que me traziam paz e alegria.

Superando o Burnout

Em outras palavras: Tá tudo bem. Me aceitar e me acolher foram caminhos essenciais na minha recuperação. Aceitar que a adversidade é uma parte inevitável da vida me permitiu crescer e aprender com essa experiência. Desenvolver resiliência não é apenas superar obstáculos, mas também aprender a se adaptar e florescer mesmo nas situações mais difíceis.

Assim, reconstruí minha rede de apoio. Lembra que me separei de um relacionamento difícil? Pois é, eu estava sem ninguém. Sem amigas, sem rede. Então eu precisei reconstruir relações e reativar conexões sociais saudáveis foi fundamental. Encontrei apoio em amizades verdadeiras que me ajudaram a curar.

E acima de tudo, Priorizando o Autoamor: Aprendi que meu valor não está ligado a relacionamentos tóxicos sejam eles pessoais ou no trabalho. O autoamor tornou-se a pedra angular da minha reconstrução. Agora, depois de passar por tudo isso, estou em outro relacionamento, muito saudável, onde sou livre, tenho uma comunicação aberta e hoje sou uma versão mais forte e consciente de mim mesma.

Concluindo a minha jornada

Eu troquei de trabalho, reconstruí a minha rede, estudei e reaprendi quem eu era, as coisas que eu gostava e o que me fazia feliz.

Ainda assim, minha jornada através do burnout foi difícil. Porém, o burnout é uma realidade enfrentada por muitos profissionais, e principalmente por mulheres, em um mundo cada vez mais acelerado. Reconhecer os sinais de risco, tomar medidas preventivas e buscar apoio quando necessário são passos cruciais para mitigar os impactos dessa condição. Para outras mulheres que podem estar enfrentando situações semelhantes, lembrem-se de que vocês não estão sozinhas.

Assim, busquem ajuda, estabeleçam limites, cuidem de si mesmas e saibam que merecem amor e felicidade. A estrada pode ser íngreme, mas a reconstrução é possível, e a jornada para o autoamor é valiosa.

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